17 de fevereiro de 2013

Sarau 24.02.2013

O IV Sarau em Casa será realizado no Sítio da Ressaca!



Data e Horário: 24.02.2013 das 14h às 17h
Endereço: Casa do Sítio da Ressaca
Rua Nadra Raffoul Mokodsi, 3 - Jabaquara, São Paulo, SP
Fone  11 5011-7233
Aberto de terça a domingo, das 9 às 17h.


Entrada franca.

4 de fevereiro de 2013

Sarau 27.01.2013




Texto por Camila Alferes, publicado em A Imitação da Rosa



Neste domingo, dia 27 de janeiro de 2013, ocorreu a terceira edição do Sarau em Casa, iniciativa encabeçada por Christiane Duarte, educadora do Museu da Cidade de São Paulo.


O que é o Museu da Cidade?

“O Museu da Cidade de São Paulo é uma rede de casas históricas distribuídas nas várias regiões da cidade, formada por treze exemplares arquitetônicos que se relacionam com a história de São Paulo.”
(Retirado de um folder do Museu da Cidade, com apenas uma pequena alteração numérica baseada no site do Museu)

As construções datam do século XVII ao XX. Cada casa tem sua particularidade histórica e arquitetônica, sendo, por isso, essencial sua preservação. A união entre história e arte é um dos motes buscados pelo Museu da Cidade, além do diálogo com a educação patrimonial, com a crítica e consequente construção, desconstrução e reconstrução de valores e ideias.

O atendimento é gratuito e, para informações mais detalhadas, é só consultar o site do Museu da Cidade de São Paulo.


Sarau em Casa

Christiane Duarte explica o que é o Sarau em Casa:

 “A ideia do Sarau em Casa surgiu com a saudade de estar entre os amigos e a família dentro de casa – sim, dentro de casa e não do shopping! Todos vivem tão imersos em seus compromissos que acabam soterrando aquele tempo em que poderiam estar juntos com outras pessoas compartilhando prosas, músicas e poesias.
Tive a oportunidade de presenciar saraus espontâneos quando morei no Rio Grande do Sul, onde as pessoas ainda dedicam uma parcela do dia para conversar e contar causos em rodas de chimarrão.
Quando retornei, comecei a trabalhar no Museu da Cidade de São Paulo – composto de exemplares arquitetônicos localizados em diversas regiões da cidade – e como boa parte dos exemplares são casas histórias, muitas delas pouco visitadas, uni o útil ao agradável: fazer um sarau “em casa” para reunir as pessoas e divulgar o patrimônio da cidade.”


A primeira edição do Sarau em Casa ocorreu na Casa do Bandeirante, em 25 de agosto de 2012. Foi um início modesto, regado com o que se tornaria característico do sarau: a sensação de estarmos numa roda de amigos, na casa de uma simpática anfitriã, compartilhando inspirações poéticas e musicais. A espontaneidade é marca registrada do Sarau em Casa, diferenciando-se assim dos saraus que buscam a perfeição e rigidez acadêmica. É um estímulo para que pessoas mais reservadas sintam-se à vontade para declamar uma poesia ou apresentar um texto original, se assim quiserem.


A terceira edição do evento – e primeira de 2013 – foi realizada na Casa Modernista. Apesar da tarde chuvosa, um número significativo de participantes apareceu para declamar poesias originais e textos em prosa, mostrar trabalhos artísticos, compartilhar os poemas de seus escritores favoritos e deixar-se banhar pela atmosfera descontraída, potencializada pela excelente acústica do local.


Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Fernando Pessoa (e seu heterônimo Álvaro de Campos), Vinícius de Moraes, Augusto dos Anjos, Álvares de Azevedo, William Blake e Eduardo Galeano foram alguns dos autores declamados, entre os diversos trabalhos originais, feitos por mentes talentosas.

Arte-poema da Monaliza Souza

As apresentações dos músicos Lars Josef Gardmo e Diego Muñoz foram, sem sombra de dúvida, pra lá de inspiradas. Com muito talento e letras incríveis, suas performances estão entre as que mais arrancaram aplausos dos participantes.

Diego Muñoz

Eu, figura normalmente tímida, embora tagarela em determinados momentos, me arrisquei a declamar dois poemas. O primeiro foi “Não se mate”, do Carlos Drummond de Andrade. Preciso trabalhá-lo melhor. O segundo, e minha melhor declamação até o momento, foi “Poema em Linha Reta”, de Álvaro de Campos, meu heterônimo preferido de Fernando Pessoa.

Foram três horas embaladas por tal ânimo, que todos se surpreenderam com o aviso de que já eram 17 horas e a casa encerrava suas atividades nesse horário. No ar, ficou a promessa de que as próximas edições do Sarau em Casa atrairão ainda mais apaixonados por poesia – e por uma tarde gostosa entre amigos.

Que venha o Centésimo Sarau em Casa!


OBS: Nenhuma das fotos dessa matéria me pertence. Créditos a todos os participantes do Sarau em Casa que fizeram registro fotográfico do(s) evento(s). Vocês são incríveis!

Sarau 25.11.2012


A segunda edição do Sarau em Casa foi bem intimista, contando com poucas presenças, mas mantendo o clima aconchegante de um domingo entre amigos na Casa do Bandeirante.